quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DESCUBRA AS MENTIRAS QUE O SEU CÉREBRO CONTA PARA VOCÊ

Você não toma as próprias decisões – e boa parte do que vê não é real. É apenas uma ilusão criada pelo seu cérebro, que passa pelo menos 4 horas por dia enganando você. 


Conheça os truques que ele aplica – e saiba o que realmente acontece dentro da mente.


Você fica cego 4 horas por dia. Já foi enganado por um rótulo nesta semana. Tem preconceitos sobre todos os assuntos (por mais que ache que não). Toma decisões irracionais, que vão contra os seus interesses. Você não está no controle da própria mente. Mas não se preocupe: você é normal. Não é maluco e possui um cérebro perfeito, como o de qualquer outra pessoa. Só que ele inventa coisas para iludir você. Não é por mal. É só uma maneira de economizar energia.
O cérebro humano é o objeto mais complexo do Universo. Tem 100 bilhões de neurônios, que podem formar 100 trilhões de conexões. Se fosse possível criar um computador com o mesmo número de circuitos do cérebro, ele consumiria uma quantidade absurda de eletricidade: 60 milhões de watts por hora, segundo uma estimativa de cientistas da Universidade Stanford. É o equivalente a quatro usinas de Itaipu trabalhando simultaneamente. Mas o cérebro humano gasta pouquíssima energia – 20 watts, menos que uma lâmpada. E mesmo assim consegue fazer coisas extremamente sofisticadas, de que nenhum computador é capaz.
Só que isso tem um preço. O seu cérebro não consegue analisar as situações de forma completamente racional, avaliando todas as variáveis envolvidas em cada caso. Para fazer isso, ele precisaria de ainda mais circuitos – e muito mais energia. Mas, ao longo da evolução, a natureza encontrou uma solução: o cérebro pode mentir para seu dono. Sim, mentir. Descartar informações, manipular raciocínios e até inventar coisas que não existem. Dessa forma, é possível simplificar a realidade – e reduzir drasticamente o nível de processamento exigido dos neurônios. “São efeitos colaterais do funcionamento normal do cérebro”, diz Suzana Herculano-Houzel, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Tudo começa pela visão. Você não percebe, mas o cérebro edita o que você vê. Das 16 horas por dia que uma pessoa passa acordada, em média, 4 horas são preenchidas por imagens “artificiais” – que não foram captadas pelos olhos, e sim criadas pelo cérebro.
O olho humano só capta imagens com clareza em uma pequena parte, a fóvea, que tem 1 milímetro de diâmetro e fica no centro da retina. Então, para compor a linda imagem que você está vendo agora, os seus olhos estão constantemente em movimento. Eles focam determinado ponto e depois pulam para o ponto seguinte. Cada um desses saltos tem duração de 0,2 segundo. Quer comprovar isso na prática? Na próxima vez em que você estiver conversando com uma pessoa, preste atenção nos olhos dela. Você irá perceber que eles se movimentam o tempo todo para escanear vários pontos do seu rosto.
O problema é que a cada pulo desses, enquanto os olhos estão se movendo para a próxima posição, o cérebro deixa de receber informação visual por 0,1 segundo. Durante esse tempo, você está cego. E, como nossos olhos fazem pelo menos 150 mil pulos todos os dias, o resultado são 4 horas diárias de cegueira involuntária. Você não percebe isso porque o cérebro preenche esses momentos com imagens artificiais, que dão a sensação de movimento contínuo. Mas que, na prática, você não viu.
Tem mais: o que você enxerga não é o que está acontecendo – e sim o que vai acontecer no futuro. É sério. Isso acontece porque a informação captada pelos olhos não é processada imediatamente. Ela tem de passar pelo nervo óptico e só depois chega ao cérebro. O processo leva frações de segundo, e você não pode esperar – um atraso na visão pode fazer com que você seja atropelado ao atravessar a rua, por exemplo. Então, o que faz o cérebro? Inventa. Analisa os movimentos de todas as coisas e fabrica uma imagem que não é real, contendo a posição em que cada coisa deverá estar 0,2 segundo no futuro. Você não vê o que está acontecendo agora, e sim uma estimativa do que irá acontecer daqui a 0,2 segundo.

As mentiras invadem a razão


Com R$ 1,10, você pode comprar um café e uma bala. O café custa R$ 1 a mais do que a bala. Quanto custa a bala? Responda rápido
Resp.  Dez centavos, certo? Errado.

Você acaba de ser enganado pelo próprio cérebro. Mas não está sozinho – mais da metade dos estudantes de universidades prestigiadas como Harvard, MIT e Princeton responderam a essa mesma pergunta e também erraram (entre alunos de instituições menos badaladas, o índice de erro é ainda maior, cerca de 80%). Essa charada é um dos exemplos citados no livro Thinking, Fast and Slow (Pensando, Rápido e Devagar, ainda sem versão em português), do psicólogo israelense Daniel Kahneman, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas sobre o comportamento humano.
Para Kahneman, o cérebro tem dois tipos de pensamento. O primeiro é rápido e intuitivo e confia na experiência, na memória e nos sentimentos para tomar decisões. O segundo é lento e analítico – e serve como uma espécie de guardião do primeiro.
Se estamos decidindo sobre o que comer, podemos ficar em dúvida entre um sanduíche e um prato de feijão. Mas por que essas duas opções, justo elas, surgiram como as alternativas válidas para o momento? Por que você não considerou um bacalhau com batatas? Por que não um sorvete de abacaxi? Porque o seu pensamento intuitivo já estava inclinado para optar pelo sanduba ou pelo feijão e restringiu previamente as escolhas antes mesmo que você se desse conta de que estava chegando a hora de almoçar. Do contrário, passaríamos horas avaliando todas as possíveis opções de refeição – e morreríamos de fome. Se o pensamento intuitivo não existisse, seria extremamente difícil escolher uma roupa ou responder a perguntas banais, do tipo “como você está?” ou “gostou do filme?”. De certa forma, o pensamento intuitivo é o que nos diferencia dos robôs. E é ele que permite ao cérebro processar informações na velocidade necessária. “Ele é mais influente. É o autor secreto de muitas decisões e julgamentos que você faz”, explica Kahneman no livro. 

Foi o pensamento intuitivo que apontou os dez centavos como resposta para o enigma do café. Só que ele mentiu para você. A resposta certa é R$ 0,05. Se a bala custasse R$ 0,10, o café custaria R$ 1,10 – e o total daria R$ 1,20.
Esse duelo entre os dois tipos de pensamento, o rápido-intuitivo e o lento-analítico, também tem uma explicação evolutiva.

O córtex pré-frontal, região do cérebro responsável pelo processamento lógico, surgiu relativamente tarde na evolução da espécie humana – já as emoções e os instintos estavam com nossos ancestrais há muito mais tempo. Por isso elas são tão fortes e nos influenciam tanto. “A filosofia considera o ser humano um animal racional. Mas o que sabemos é que apenas em certas circunstâncias e à custa de muito esforço conseguimos ser racionais”, afirma Vitor Haase, médico e professor de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O pensamento intuitivo está sempre presente, até nas situações em que a racionalidade é supremamente importante. Um estudo de pesquisadores das universidades de Ben Gurion, em Israel, e Columbia, nos EUA, analisou o comportamento de juízes que deveriam decidir sobre a liberdade condicional de presos (um processo rápido, que leva 6 minutos). Em média, somente 35% dos condenados ganhavam a condicional. Mas os cientistas perceberam que os juízes eram muito mais benevolentes depois de comer. Quando eles tinham acabado de fazer uma refeição, a taxa de aprovação subia para 65%. Com o passar do tempo, a fome vinha chegando, e a concessão de liberdade condicional ia caindo. Minutos antes do próximo lanche, o índice de aprovação era quase zero.
Decidir sobre liberdade condicional e julgar a própria felicidade são tarefas complexas. Para avaliar todas as variáveis envolvidas, muitas delas subjetivas, o cérebro tenderia a ficar sobrecarregado. Por isso, ele usa atalhos. “Os nossos problemas são resolvidos no piloto automático, através de soluções que a cultura já embutiu no nosso cérebro”, diz Haase.

Estudos têm revelado outra distorção: toda pessoa sempre tende ao otimismo, mesmo quando não há motivos para isso. A pesquisadora Tali Sharot, da University College London, gravou a atividade cerebral de voluntários enquanto eles imaginavam situações banais – como tirar uma carteira de identidade. Ela também pediu que os voluntários pensassem em coisas do passado. Os testes mostraram que as mesmas estruturas cerebrais são ativadas para recordar o passado e imaginar o futuro. Só que, ao imaginar o futuro, os voluntários criavam cenários magníficos – era o cérebro tentando colorir os eventos sem graça. “Cerca de 80% das pessoas têm tendência ao otimismo, algumas mais do que outras”, diz ela. Para Tali, autora do livro Optimism Bias (O Viés do Otimismo, ainda sem versão em português), o otimismo é sempre mais comum que o pessimismo – seja qual for a faixa etária ou o grupo socioeconômico da pessoa. Assim, nunca acreditamos que algo vá dar errado – mesmo quando o mais racional seria pensar que sim. “As taxas de divórcio, por exemplo, chegam a 40%, 50%. Mas as pessoas que estão para casar sempre estimam suas chances de separação em o%”, exemplifica Tali. Segundo ela, a inclinação natural ao otimismo também é um dos fatores que levaram à crise econômica global de 2008. “As pessoas achavam que o mercado continuaria subindo cada vez mais e ignoraram as evidências contrárias”, afirma.

Ele está no controle


As manipulações criadas pelo cérebro afetam até a capacidade mais essencial do ser humano: tomar as próprias decisões. Quando você decide alguma coisa, na verdade o cérebro já decidiu – com uma antecedência que pode chegar a 10 segundos. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, comprovou que as nossas escolhas são resolvidas pelo cérebro antes mesmo de chegarem à consciência. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma sequência aleatória de letras. O voluntário tinha que escolher uma das letras e apertar um botão sempre que ela aparecesse. Os cientistas monitoraram o cérebro dos participantes durante o experimento. E chegaram a uma descoberta impressionante: 10 segundos antes de os voluntários escolherem uma letra, sinais elétricos correspondentes a essa decisão já apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro ligadas à tomada de decisões. Cinco segundos antes de o voluntário apertar o botão, o cérebro ativava os córtices motores, que controlam os movimentos do corpo. Isso significa que, 10 segundos antes de você fazer conscientemente uma escolha, o seu cérebro já tomou a decisão para você – e até já começou a mexer a sua mão.

“O indivíduo não é livre para escolher”, afirma Renato Zamora Flores, professor de genética do comportamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O cérebro restringe previamente as suas possíveis opções e, pior ainda, escolhe uma delas antes mesmo que você se dê conta. É possível lutar contra isso. Lembra-se daquele outro tipo de pensamento, o lento-analítico? Basta colocá-lo em ação. E isso você consegue tendo calma, refletindo sobre as coisas e duvidando das suas escolhas e opiniões. Os truques do cérebro são poderosos, mas não invencíveis. Agora que você sabe como funcionam, está muito mais preparado para lidar com eles – e se tornar realmente livre para tomar as próprias decisões.
por Alexandre de Santi; Colaboradores: Bianca Carneiro e Cristine Kist

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A ditadura das oito horas!!

TEMPO DE SONO

 A ditadura das oito horas Ex-primeira ministra britânica, a incansável Margaret Thatcher era conhecida pelo hábito de dormir apenas quatro horas por noite. Ela integrava uma mínima parcela da população, que não passa de 3% e que tem um tipo de variação genética para dormir menos, segundo um estudo da Universidade da Califórnia-São Francisco, de 2009. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos que pensavam não precisar dormir muitas horas, na verdade, sofriam de privação do sono, com suas consequências sendo notadas a longo prazo. No entanto, especialistas concordam que dormir bem não significa ter oito horas de descanso. — A média é de seis a oito horas, porém o tempo de sono ideal é aquele em que o paciente se sente bem e descansado — explica Anna Karla Smith, neurologista do Instituto do Sono. Médico coordenador do Laboratório do Sono do Hospital da UFRJ e diretor da Clínica de Pneumologia e Medicina do Sono, Gleison Guimarães ressalta que, em geral, dormir mais de seis horas é importante: — Durante a noite ocorre a troca e a regeneração das células, além da liberação de vários hormônios, como o do crescimento (GH).

domingo, 17 de março de 2013

Perda da memória é uma das maiores preocupações.



Sinônimo de experiência, de etapas vencidas e realizações, envelhecer também pode representar perdas ao longo do tempo, em especial de memórias mais recentes. Embora o envelhecimento populacional seja um fenômeno mundial devido ao aumento na expectativa de vida, o declínio da memória e a prevalência das doenças demenciais, principalmente da doença de alzheimer, estão entre os principais desafios.
A perda da memória também é uma das maiores preocupações a cercar a longevidade. Ainda assim é possível encontrar pessoas com as funções intelectuais preservadas mesmo em idade mais avançada.
Mas como chegar ou ultrapassar os 70 ou 80 anos, por exemplo, com a mente sã?

 Quando a perda de memória pode ser sinal de alguma doença? Como investigar isso? Existe cura? 

As respostas a essas e outras questões são respondidas nesta entrevista pela especialista Maria Beatriz M. Montaño, que é médica geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, mestre e doutora pela Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina, e professora doutora da Faculdade de Medicina de Sorocaba - PUC-SP.

P - Esquecer é um fenômeno normal do envelhecimento?
R - Sim. Há um declínio normal da memória com o envelhecimento, principalmente para a memória de fatos recentes. Também nota-se menor prontidão da memória, porém, as alterações não devem atrapalhar as atividades diárias.
P - O índice de dificuldade na memória é maior em que faixa etária?
R - Não se trata de um índice, mas essa dificuldade na memória e em outras atividades intelectuais (como pensamento, raciocínio, orientação, etc) aparecem depois da aposentadoria, fase marcada pelo decréscimo do uso dessas funções.
P - A partir dos 40, 50 anos é normal a perda da capacidade de armazenar informações? O bombardeio de informações pode dificultar a assimilação?
R - Como já citei, as mudanças ficam mais evidentes depois dos 60 anos, claro que essas vão se acentuar na idade mais avançada. No entanto, para indivíduos mais jovens a dificuldade de memória ou concentração se relaciona a algum problema, como depressão, ansiedade, transtornos orgânicos como hipotireoidismo, entre outros. O grande número de informações somado a sobrecarga de trabalho e excesso de funções podem atrapalhar o desempenho das funções intelectuais.
P - Por outro lado existem pessoas com a memória íntegra, mesmo a partir dos 80 anos, não é mesmo? Quando isso acontece?
R - Sim. Há uma grande variabilidade da performance da memória e de outras áreas das funções intelectuais, mesmo na idade muita avançada, geralmente indivíduos com essas funções preservadas durante a vida estimularam muito as mesmas, além disso, também há fatores hereditários e é importante o controle de fatores de risco que podem interferir na circulação cerebral como hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol elevado, além do sedentarismo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Meias Palavras..............


Meias Palavras


A inteligência me fascina. A inteligência dita em palavras então, me derrete em partículas. Enquanto as menininhas esbanjam os seus decotes para os musculosos de plantão, nada me apaixona e encanta mais que uma resposta bem dada, uma ironia inesperada, uma piada meticulosamente colocada e até nenhuma palavra dita errada na hora certa. É da natureza da mulher seduzir pelo visual e a do homem pelo verbal - direto. Mas, na geração onde o gato comeu a língua do homem, a poesia e as cartas de amor se foram junto com o romantismo, deixando em seu lugar uma bela maquiagem e um bíceps sem camisa. As cartas de amor, a poesia, e até as serenatas, deram espaço a linguagem moderna dita, porém não declarada nos e-mails, nos chats e WhatApp. O romance, ou o romancista foi suprimido e esquecido pelo Instagram - onde uma imagem vale mais que mil palavras... será? Gosto mais daquele jogo de pingue-pongue verbal, do que línguas enroscadas sem idioma, ou identidade. Esqueço um beijo facilmente, mas o sabor de boas palavras, talvez por ser tão raro, pouco esqueço as vírgulas. Quem sabe lidar com as palavras não fala de fatos, mas sim troca ideias. Quem sabe colocar as palavras não é uma imagem e sim uma marca. E talvez mais uma vez, por isso as palavras me fascinam tanto. Poucas linhas ditas de forma inteligente podem dizer um infinito de coisas. Ainda sim não consigo compreender como na era da comunicação ficamos sem palavras para entender os fatos. Mas, já que os fatos falam por si, talvez hoje mais inteligente seja aquele que aceita sem falar nada tudo aquilo que não se consegue entender. Porém, como as palavras ainda me fascinam, sigo poetizando sentimentos rasgados para ver se alguém mais inteligente que eu entenda tudo o que ainda não sei dizer.
Por Ana Flávia Corujo

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Como ler mais livros por ano.

Gosta de ler livros, mas não encontra tempo ou paciência? 
Confira algumas dicas para conseguir ler mais de 70 livros por ano.
Seu cérebro só consegue absorver as informações de maneira eficiente quando está focado em somente uma tarefa.
Embora a leitura de pelo menos 70 livros por ano pareça uma tarefa difícil, com as habilidades certas isso pode ser mais fácil do que você imagina. Ler faz bem para o seu cérebro e não requer um grande investimento. Se você gosta de ler, mas tem preguiça ou não consegue por falta de tempo, confira a seguir algumas dicas que podem ajudar a "devorar" livros:
Como ler mais livros por ano:
1. Aprenda a ler com velocidade A leitura é uma habilidade muito importante. Portanto, desenvolver técnicas para melhorar e aumentar o seu ritmo de leitura pode ser interessante. A ideia real por trás da leitura com velocidade é simplesmente fazer uma leitura focando apenas nos trechos que interessam, sem perder tempo com passagens não tão importantes.
2. Tenha sempre um livro novo
Isso pode parecer óbvio, mas a melhor maneira de aumentar a quantidade de livros que você lê é sempre ter um livro novo disponível na sua prateleira.
3. Leia um livro de cada vez
Seu cérebro só consegue absorver as informações de maneira eficiente quando está focado em somente uma tarefa. Por isso, a dica é ler com atenção um livro por vez.
4. Defina uma meta de leitura por mês
Faça uma lista com as principais obras que você gostaria de ler durante o mês, e comece a ler. Coloque como uma meta que deve ser atingida mensalmente. Isso vai auxiliar na sua rapidez.
5. Corte as distrações
Quando você escolher o livro que vai ler, não perca tempo com distrações como televisão, internet e músicas. A partir do momento em que você se comprometer em terminar de ler uma obra, você certamente vai cumprir essa meta.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Segundo o Google, existem 129.864.880 livros diferentes no momento



A Google está determinada a digitalizar todos os livros do mundo. Então a gigante da internet resolveu fazer as contas para saber quantos livros diferentes, afinal, existem no mundo no momento (é impossível contar aqueles que já foram “extintos”, destruídos pelo homem).

Eles bolaram um algoritmo especial para fazer o cálculo e chegaram ao número 129864880.
Mas para aceitar esse número, você teria que primeiro definir o que é um livro. Segundo a Google, um livro pode ter uma ou um milhão de cópias e eles contam diferentes edições de uma mesma história como livros diferentes.

A empresa afirma que usa o critério da ISBN  (International Standard Books Numbers – a empresa responsável pelo controle de livros) – mas que não adota, simplesmente, os números da ISBN porque acredita que alguns livros impressos em determinadas regiões do mundo ou impressos sem objetivo comercial não foram contabilizados pela organização.

Mas fica a pergunta: destes 129.864.880 livros, quantos você já leu?

Por Luciana Galastri /2010


Ler livros impressos ainda é mais rápido do que ler que os virtuais.




 Se você é adepto do tradicional livro impresso, que está sempre ali, à mão, e não se adaptou a ler livros na frente da tela de um computador, temos uma notícia interessante: uma pesquisa indica que é o livro no papel é de leitura mais rápida e ágil do que na internet.

Quem chegou a essa conclusão foram pesquisadores de uma consultoria tecnológica dos Estados Unidos. Eles conduziram um teste que não diz respeito exatamente a ler sentado em frente a um Desktop, mas sim duas plataformas portáteis (IPad Apple – no caso, seu aplicativo IBook – e Amazon Kindle 2), para comparar a leitura de livros, nessas mídias, com um livro comum.

Reuniram 24 voluntários para ler pequenos contos de Ernest Hemingway, que escreve, segundo os coordenadores da pesquisa, de uma maneira leve e dentro da compreensão de todos os voluntários. Para garantir que eles realmente leram o texto todo, os participantes foram submetidos a um teste sobre os contos ao final da leitura.

A média de leitura dos textos foi de 17 minutos. O livro impresso se mostrou a maneira mais rápida: a leitura no IPad foi 6,2% mais lenta, e no Amazon, 10,7%. Além disso, os participantes tinham que dar uma nota de 0 a 7 para cada uma das mídias, no quesito conforto na leitura. Desta vez, na média, os meios eletrônicos venceram, mas por muito pouco: o IPad tirou 5.8, o Amazon com 5.7 e o livro com 5.6. Disparado, o meio mais indesejável para se ler um livro é em frente a um Desktop, que ficou com conceito 3.6.

As queixas mais comuns sobre os acessórios eletrônicos são as seguintes (fica a dica para os fabricantes): para o IPad, reclamam que é muito pesado, o que torna a leitura desconfortável com o tempo, e no caso do Amazon, dizem que as letras cinza do monitor fazem pouco contraste com o fundo, e quem tem dificuldade para enxergar sofre com isso. Além disso, os voluntários referiram sentir falta de virar páginas. De saber, pela grossura do livro, quanto já foi lido e quanto ainda falta, razão pela qual preferiram o IPad, que ao menos indica na tela o número de páginas restantes em cada capítulo.

A baixa nota dada para a leitura no Desktop, segundo os voluntários, tem uma explicação bem pouco ortodoxa: sentados numa cadeira, em frente a uma tela, eles associavam essa imagem ao seu trabalho, razão pela qual não conseguiam se concentrar na leitura.
Assim, pelo menos por enquanto, o livro impresso pode dormir sossegado, porque a preferência do público, a eficiência e a rapidez na leitura ainda estão com ele. O problema, segundo os pesquisadores, é que os eletrônicos 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Alimentação e exercícios podem deixar a memória em dia.

O estresse do dia a dia não resulta apenas em cansaço, o esquecimento também é constante. Afinal, com tantas atividades, lembrar-se de tomar aquele remédio na hora certa ou onde colocou as chaves de casa tornam-se dificuldades corriqueiras. Segundo a psicóloga da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP) Fabiola Canali Prado, o cérebro é como um automóvel: “se você colocar óleo e gasolina, mas não ligá-lo, com o tempo ele deixará de funcionar. A mesma coisa com as pessoas, se não houver estímulo para o cérebro, com o tempo ele vai parando”. Por isso, exercícios e alimentação correta podem ser a chave para uma cabeça mais esperta. Perder duas horas de sono pode prejudicar a memória, diz estudo .
  “Tudo o que você puder fazer para organizar a entrada da informação é bom para a memória”.

 Para a psicóloga, o primeiro passo para manter as lembranças em dia é guardá-las por categorias. Como por exemplo, colocar as chaves sempre no mesmo lugar, “se fizer isso, muito provavelmente não irá perdê-las, pois já aprendeu onde ficam”.

 Usar agendas e bilhetes na geladeira para marcar os compromissos e checá-las com frequência também é uma saída. “Informações que precisam ser lembradas a longo prazo devem estar organizadas de alguma forma, para facilitar a recordação”, conta. Estimular o cérebro com atividades educativas como palavras-cruzadas, sudoku ou jogos da memória. “Estimulações cognitivas durante as horas de lazer ajudam a ativar todas as áreas do cérebro”, conta. Mas é preciso fazer com atenção e aplicar o que está aprendendo no dia a dia.

  Outra dica interessante é fazer associações com as novidades que surgem a todo momento. “Se conhecer alguém, tente associar o nome a alguma rua que você conheça, ou uma característica física com a personalidade”, explica a psicóloga. Claro que esse exercício é individual e muda de pessoa para pessoa, porém ligar um novo aprendizado a algo que já se conhece é uma forma de incentivar o cérebro. “Essa tentativa funciona melhor ainda quando a lembrança está ligada ao emocional”, finaliza. Barriga cheia, cérebro em dia - Não são apenas os exercícios mentais que ajudam no desenvolvimento da memória, uma alimentação correta é também uma grande aliada de um cérebro em dia.

 A nutricionista Ariane Machado Pereira separou uma lista do que se deve ingerir e o que se deve evitar:
Peixe: rico em ômega-3, substância precursora do DHA, que por sua vez é um ácido graxo com participação ativa na formação e manutenção do sistema nervoso e naconstituição dos neurônios. “Além disso, com o envelhecimento do indivíduo, há um aumento do estresse oxidativo, que atua reduzindo os níveis do DHA no cérebro. Esse processo resulta na diminuição desses ácidos graxos, assim como ocorre em maior intensidade nas doenças de Alzheimer, Parkinson e esclerose”.
Ovo: alimento com alta concentração de colina, uma vitamina essencial do complexo B, que atua como precursora do neurotransmissor acetilcolina, que participa do desenvolvimento cerebral. Alimentos ricos em antioxidantes:
Frutas cítricas, uvas, frutas vermelhas e vermelho-alaranjado têm o papel de proteger os neurônios, impedindo possíveis lesões e combatendo o envelhecimento celular.
Vitaminas D, C e do complexo B: são também grandes aliadas da memória, pois ajudam na manutenção das substâncias químicas nervosas, auxiliando na renovação celular do cérebro e protegendo-o dos danos diários.
Cálcio e magnésio também devem fazer parte da alimentação, pois estão diretamente ligados às funções da memória.
Veja alimentos que ajudam no controle do apetite, no raciocínio e no aumento da libido.
  Mas atenção! Existem também alimentos vilões que devem ser evitados, pois prejudicam a memória:

 Álcool: o abuso pode causar um déficit temporário de memória, atenção e aprendizado, levando à morte de neurônios e prejudicando a formação de novas células cerebrais.
Gordura saturada: proveniente do consumo excessivo de alimentos industrializados, pode acelerar a perda de memória por processo inflamatório, afetando o funcionamento das células nervosas.
Açúcar: o consumo exagerado eleva rapidamente a produção de insulina, desencadeando reações químicas que agridem as células cerebrais.
Carne vermelha: o consumo excessivo pode estimular a produção de substâncias tóxicas para os neurônios, podendo ser um fator de risco à longo prazo para o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer.
Por Marina Finco

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cotidi-Ana: O compasso do descompasso.

Cotidi-Ana: O compasso do descompasso.: O que mais me encanta nas pessoas é que cada uma pode te agregar de uma forma singular. Desde o mais inteligente, bem sucedido a pessoa...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dieta balenceada ajuda na falta de memória !!

Conheça os doze melhores alimentos para manter o cérebro saudável...

  Uma dieta balenceada ajuda na falta de memória entre outros fatores.
 Mente cansada, falta de concentração ou preguiça de pensar? Tudo isso pode ser falta de alimentar o cérebro.
 Um estudo inglês apontou o óbvio: fazer refeições balenceadas é garantia para uma mente sadia. O café, por exemplo, melhora a memória e a aquisição de novas informações.

 Já o alho ajuda a combater tumores no cérebro. Essa lista dos doze melhores alimentos para o cérebro foi feita pelo Huffington Post e nós achamos mais do que propícia. Confira…

1. Nozes são excelentes antiinflamatórios e ricos em ácido alfa-linolênico que ajuda a promover o fluxo sanguíneo e oxigenação no cérebro.
2. Óleo de oliva ajuda a retardar o envelhecimento do cérebro.
3. Frutas vermelhas ajudam no combate a falta de memória e de concentração.
4. Sardinha previne a demência e aumenta o nível de atenção.
5. Café é um excelente estimulante e promove a acuidade cerebral, além de ter efeito antioxidante que mantém a saúde do cérebro.
6. Espinafre contém antioxidante e ajuda na manutenção da conigção.
7. Chocolate ajuda no fluxo sanguíneo e na oxigenação do cérebro, além de regular os níveis de colesterol. 8. Abacate é rico em gordura monoinsaturada e funciona como alimento antioxidante.
9. Água ajuda no processo de cognição. Um corpo desidratado tem efeito nas funções cerebrais
10. Farelo de trigo é um ótimo alimento para os neurotransmissores.
11. Beterrabas ajudam na oxigenção do cérebro.
12. Alho é ótimo no combate à tumores no cérebro

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ler faz bem para o cérebro!!

Aprender é a função mais nobre do cérebro, segundo os grandes neurocientistas da atualidade. Ler fortalece neurônios. Logo, ler promove o aprendizado.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

FELIZ DIA DO AMIGO!!

“A vida ideal consiste em ter bons amigos, bons livros e uma consciência sonolenta."



sexta-feira, 13 de julho de 2012




A cultura assusta muito. 
É uma coisa apavorante para os ditadores. 
Um povo que lê nunca será um povo de escravos. 


por Antônio Lobo Antunes

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Porque você não consegue aprender duas coisas novas ao mesmo tempo?

Semana de provas. Uma maravilha. Assim que você acaba de estudar tudo o que podia em Português, e resolve passar para História, cada regra de gramática que você tinha absolutamente dominado parece fluir para fora da sua cabeça. Nessa hora, você sente que seu cérebro não é grande o suficiente para manter as duas disciplinas na cabeça ao mesmo tempo. Você pode estar certo. Recentemente, cientistas descobriram porque é difícil aprender dois assuntos, um logo após o outro: quando você tenta aprender ou memorizar dois tipos diferentes de informação em rápida sucessão, o segundo assunto interfere com a capacidade do cérebro de armazenar permanentemente o primeiro. O estudo envolveu 120 estudantes universitários. Os pesquisadores desenvolveram um experimento no qual os voluntários tinham que realizar duas tarefas de memória, uma em seguida da outra. Primeiro, os voluntários receberam uma lista de palavras para memorizar. Em seguida, eles receberam uma tarefa em que tinham que usar os movimentos dos dedos para fazer uma sequência – sem o conhecimento dos voluntários, havia um padrão para fazer isso que eles poderiam aprender, inconscientemente, através da repetição. Logo após do teste das palavras, os voluntários se lembravam da lista muito bem. Mas depois que fizeram a sequência com os dedos, se esqueceram de muitas das palavras. Em seguida, na segunda parte do experimento, as tarefas foram revertidas: a sequência dos dedos veio primeiro, seguido pela lista de palavras. Mais uma vez, os voluntários se saíram bem nos testes após a primeira tarefa, mas após a realização da segunda, perderam muito do que aprenderam na primeira. Ainda assim, ao invés de uma tarefa estar “anulando” a outra, o resultado poderia ser devido a incapacidade do cérebro de armazenar todas aquelas informações. Então, os pesquisadores refizeram o experimento, desta vez usando um dispositivo magnético que bombeia energia elétrica no cérebro quando colocado na cabeça de uma pessoa. Com essa estimulação, as pessoas lembraram bem de ambas as tarefas, como se tivessem feito cada uma delas separada. O interessante é que a estimulação não melhorou a memória quando apenas uma tarefa foi feita em um momento, e sim apenas removeu a interferência quando duas eram feitas em seguida. A conclusão do estudo é: quando você quiser aprender duas coisas diferentes, precisa fazer uma pausa entre elas. Outra pesquisa mostra que duas horas pode ser suficiente. Os pesquisadores não sabem por que o cérebro age dessa maneira. Ele ativamente “conspira” para produzir uma interferência de memória e assim prejudicar nossa lembrança do que aprendemos. Isso pode parecer um tanto paradoxal, mas os cientistas imaginam que essa interferência de memória serve para alguma função importante, que até agora não sabemos qual é. Por Natasha Romanzoti em 20.07.2011

Até que ponto é realmente possível fazer várias coisas ao mesmo tempo?

A rotina do homem do século XXI, nos centros urbanos, não o leva a penas a ter um dia cheio, sem tempo para nada. Mais do que isso, somos constantemente obrigados a fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, e com eficiência em todas, se possível. E é aí que entra a questão. Essa eficiência em atividades simultâneas é realmente viável? Pensando nisso, alguns estudiosos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos resolveram avaliar isso mais a fundo. Um jornalista inglês passou a investigar o que foi publicado a respeito nos últimos anos, mas começou analisando sua própria rotina. Em um determinado dia, ele assistia a um documentário educacional na televisão, do qual deveria tirar as principais ideias, ao mesmo tempo em que conversava com três pessoas na internet a respeito de um planejamento para o fim de semana seguinte. Ao final dessa jornada, ele se deu conta de que não prestou a devida atenção ao documentário e tampouco tirou uma conclusão útil de suas conversas: logo, não fez bem nem uma coisa nem a outra. Segundo um relatório do Departamento de Comunicações da Grã-Bretanha, o pessoal de lá gasta em média sete horas por dia com mídias eletrônicas. Mas esse número sobe para nove se contarmos individualmente o tempo que se usa cada uma individualmente. Assim, são duas horas diárias em que se faz uso concomitante de dois aparelhos que exigem atenção. Dois estudos feitos nos EUA sugerem que essas duas horas são quase totalmente improdutivas. Em um deles, da Universidade da Califórnia, descobriram que quando as pessoas estão continuamente distraídas de uma tarefa, elas até trabalham mais rápido, mas produzem menos. Outro estudo, este da Universidade Stanford (também na Califórnia) colocou estudantes para resolver um exercício de matemática. Aqueles que foram colocados para fazer outra tarefa, enquanto resolviam o problema, demoraram 40% a mais para achar a solução, além de ter maior desgaste cerebral. Os pesquisadores de Stanford são taxativos: o ser humano não é feito para fazer várias atividades ao mesmo tempo. Eles afirmam que a execução mútua de tarefas é inversamente proporcional à eficiência. Quanto mais coisas você faz, menos se concentra em cada uma. Exemplo: quando deixamos de fazer determinado trabalho para mandar ou ler um e-mail, levamos um minuto para recuperar a linha de raciocínio. Se, durante este minuto, recebemos outro e-mail, ou um telefonema, ou uma mensagem de celular, a contagem zera: levará mais outro minuto para recobrar a atenção na tarefa principal. Outra pesquisa americana comparou as notas de crianças que estudavam enquanto assistiam TV e as que focavam apenas nos cadernos. O resultado, a esta altura, não vai te surpreender: as que estudavam com a televisão ligada tiveram notas mais baixas, em média. É claro que não somos completamente limitados a fazer concomitantes, explicam os pesquisadores. Podemos andar e falar, almoçar e ver televisão (o que não é recomendado), dirigir e conversar (o que é menos aconselhável ainda). Os estudiosos falam em execução automática das tarefas. Quando ela se torna parte do subconsciente, podemos executá-la normalmente, dando mais atenção para outra. E é a habilidade de dirigir o exemplo que melhor ilustra este caso. Quando se coloca um volante nas mãos de um aluno inexperiente, recém-saído da auto-escola, é de bom grado evitar conversar com ele, chamar a atenção dele, respirar na presença dele, porque o mínimo desvio de atenção pode levar o caro em direção a um poste. Com o tempo, no entanto, as tarefas como trocar de marcha, pisar na embreagem, dar sinal e acionar o limpador de pára-brisa vão ficando automáticas. Nesse estado de condicionamento do cérebro, ganhamos liberdade para nos concentrar em outras coisas (embora ninguém aqui esteja apoiando a ideia de falar ao celular enquanto estiver dirigindo) E há uma teoria, ainda não totalmente comprovada, de que as mulheres são superiores aos homens nesse quesito. Ainda são necessários mais alguns estudos para que possamos chegar a conclusões definitivas...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nosso Cérebro.........


Capacidade de Armazenamento


Neurocientistas da computação estimam a capacidade entre 10 e 100 terabytes, mas o cálculo é mais complexo.  Nos seus mais recentes insultos dirigidos à Coreia do Sul, a mídia estatal da Coreia do Norte chamou o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, de “escória humana” e um “imbecil com 2 megabytes de conhecimento”. Mas quantos megabytes um cérebro humano consegue armazenar?
Muito mais do que dois. Muitos neurocientistas especialistas no campo da computação tendem a calcular que a capacidade de armazenamento da mente humana se situa entre 10 e 100 terabytes, embora o espectro total de estimativas varie de 1 terabyte a 2,5 petabytes. Um terabyte é igual a mil gigabytes ou um milhão de megabytes; um petabyte equivale a mil terabytes.

A matemática por trás dessas estimativas é simples. O cérebro humano contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios. Cada um deles parece capaz de realizar mil conexões, representando mil sinapses potenciais que armazenam dados.

Multiplique cada um desses 100 bilhões de neurônios por aproximadamente mil conexões que podem ser feitas e teremos 100 trilhões de pontos de dados, ou 100 terabytes de informação.
Os neurocientistas admitem que esses cálculos são bastante simplistas. Em primeiro lugar, eles supõem que cada sinapse armazena um byte de informação, mas essa estimativa pode ser alta ou baixa demais. Os estudiosos não sabem ao certo quantas sinapses transmitem com apenas uma única força frente a forças muito diferentes. Uma sinapse que transmite somente com uma única força pode comunicar apenas um bit de informação – “liga”, “desliga”, 1 ou 0. Por outro lado, uma sinapse que transmite a muitas forças diferentes pode armazenar diversos bits.

Em segundo lugar, as sinapses individuais não são completamente independentes. Às vezes são necessárias várias para transmitir uma única informação. Dependendo do quão frequente ocorra isso, os 10 a 100 terabytes calculados podem ser maiores.
Outro ponto: é difícil calcular quanto dessa capacidade de armazenamento do cérebro é espaço “livre” e quanto é “utilizado”. O cérebro é muito mais complexo do que um disco rígido. Não só algumas partes parecem estar envolvidas em muitas memórias ao mesmo tempo, mas os dados armazenados com frequência são corrompidos e perdidos.

Assim, qual seria a velocidade de processamento do cérebro, em mega-hertz? É bom dizer que o cérebro é uma máquina muito poderosa, formada de processadores muito mais lentos. Cada neurônio teria uma “velocidade de processamento” na ordem de quilo-hertz, que é um milhão de vezes mais lento do que o giga-hertz – a velocidade de processamento de um smartphone é de cerca de um giga-hertz. Por isso, os computadores são mais rápidos para completar tarefas especializadas, embora não consigam reproduzir todas as várias funções do cérebro humano.

Viabilidade. Embora futuristas citem a lei de Moore – a tendência dos computadores a se tornar duas vezes mais poderosos a cada dois anos – para prever que seremos capazes de construir computadores mais poderosos do que o cérebro humano nas próximas duas décadas, não está claro se um equipamento desse porte seria comercializável.
O cérebro é extraordinariamente econômico em termos de energia: roda a 12 watts – eletricidade que usamos para acender algumas lâmpadas que economizam energia. Seria necessária muita energia para rodar um computador tão poderoso como o cérebro, talvez um gigawatt de energia, o consumo de Washington – o que seria impraticável.

domingo, 8 de janeiro de 2012

O cérebro da geração digital



“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura,os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.” – Bill Gates

Receber e enviar e-mails, checar o Facebook, tuitar inúmeras vezes ao dia, postar fotos no Instagr.am, ver os vídeos da banda favorita no YouTube, jogar online e ter seu próprio avatar no videogame. Estas são algumas das atividades que crianças e adolescentes fazem “de uma vez só” quando estão on-line.
Enquanto isso, muitos pais nem sabem o que estas palavras significam. Os novos vocábulos já deixaram de ser neologismos e são comuns em uma sociedade cada vez mais familiarizada com a internet e que experimenta um grau de conexão nunca antes visto.
É certo que tudo ocorreu de maneira muito rápida. A internet se popularizou em meados dos anos 90 – logo ali na escala evolutiva do homem. De lá pra cá, a tecnologia web se massificou de forma impressionante. Só no Brasil, somos 78 milhões de internautas, segundo o Ibope/Nielsen, em setembro/2011.
Agora, estudamos, conversamos, trabalhamos e até descansamos em frente ao computador, se e somente se, ele estiver conectado à internet. Este hábito contemporâneo, único na história da humanidade, tem chamado a atenção de pesquisadores e estudiosos.
O americano Nicholas Carr é um dos interessados pelo tema e, de maneira aprofundada, abordou o assunto no livro “The shallows – What the internet is doing to our brain” – Os superficiais – o que a internet está fazendo com nossos cérebros. Para ele, a exposição constante às mídias digitais está mudando para pior a forma como pensamos. “Estamos menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos”, opina.
Algumas pesquisas vão ao encontro à tese de Carr. Uma consultoria chamada Genera entrevistou seis mil pessoas da geração que cresceu usando a internet e concluiu: “eles não lêem uma página necessariamente da esquerda para a direita e de cima pra baixo. Pulam de uma palavra para outra, atrás da informação pertinente”.
Na Universidade de Stanford, o professor de comunicação Clifford Nass sugere que pessoas acostumadas ao funcionamento multitarefa do computador – que permite fazer várias coisas ao mesmo tempo – tendem a imitar a máquina, tocando várias atividades ao mesmo tempo. De acordo com os estudos, as conseqüências são pessoas improdutivas, que não se concentram em uma única atividade e profissionais irritados, que se distraem facilmente.
Segundo estudo do professor Nass, quanto mais a pessoa se julga eficiente fazendo várias coisas ao mesmo tempo, pior ela faz. O motivo é: nossa capacidade de atenção é limitada. Quanto mais fracionada, menos funciona.
Déficit de atenção e memorização. A pessoa simplesmente não armazena tanta informação, pois sabe que no momento que precisar o “Doutor” Google estará à sua disposição. Estas são as impressões dos apocalípticos do século XXI.
A internet é uma fonte infinita de informações, que não está sendo filtrada pelos seus usuários. Este é o ponto questionável. A multilateralidade da web pode impactar a capacidade do cérebro de memorizar e processar conhecimentos. Os críticos da tecnologia afirmam que a ideia passa pelo conceito de neuroplasticidade – capacidade dos neurônios de criar novas conexões ou de reforçar as já existentes, ou seja, o cérebro cria novas conexões em função do aprendizado.
Assim, podemos ativar e desativar redes neurais. A tecnologia pode fazer com que nosso cérebro mude o tempo todo, mas isto não é ruim – cabe a nós o estimularmos positivamente, por isto é preciso dosar o discurso de que a internet faz mal ao cérebro, repetindo alegações semelhantes ao passado.
Quando a sociedade experimentou o surgimento da escrita, o pensador grego Sócrates temia que o registro dos pensamentos por meio de símbolos levaria a um enfraquecimento da mente e do raciocínio. As reações foram parecidas quanto ao surgimento da imprensa de Gutemberg – as pessoas temiam a banalização da cultura.
Todas as tecnologias supracitadas socializaram a informação e permitiram a democratização do conhecimento. Em relação ao Quociente de Inteligência (QI), a humanidade saltou imensuravelmente – ninguém emburreceu ao longo dos anos.
Entretanto, todo o cuidado se faz jus na perpetuação do Quociente Emocional do ser humano. O equilíbrio mental e a manutenção do índice de felicidade devem ser preservados como uma das principais maneiras de manter as pessoas na condição de seres mais inteligentes da face da Terra.
É preciso dosar o acesso a internet com os momentos em família, as conversas na mesa de jantar, as brincadeiras de domingo, os jogos de tabuleiro e o café no fim da tarde. Seja em grandes cidades ou nos pequenos municípios é preciso manter-se atento ao princípio da integração entre as pessoas.
A internet deve ser mais uma ferramenta para a colaboração, renovando assim a forma como aprendemos. Os jovens são a geração mais bem instruída da história e a tecnologia lhes permite saber o que está acontecendo, distribuir informação e organizar respostas coletivas.
Somado a valores humanos e instruções sobre a responsabilidade de cada um no universo, crianças e jovens instaurarão um novo jeito de se habitar e modificar o planeta, com redes produtivas, interdependentes e benéficas uns aos outros.

Por, Reilly Rangel é superintendente da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás